sábado, 1 de fevereiro de 2014

O 13º Signo e o Calendário Wiccano

Muita gente que está estudando wicca se pergunta
porque os pagãos têm um calendário de 13 meses com 28
dias cada. Qual seria o 13º mês? E porque 13? Porque
não 12 ou 14? O que tem de especial esse número?

Para entendermos a simbologia do nº 13, devemos voltar
no tempo e analisar os mistérios que envolvem esse
enigma.

Para os antigos praticantes de bruxaria (celtas,
druidas, vikings, etc) a divisão do calendário não era
como conhecemos agora. Eles se baseavam na estações do
ano e os soltícios e equinócios de cada época
correspondente.

Por exemplo, se analisarmos os nomes do dias da semana
em inglês, veremos que têm uma influência tipicamente
pagã:

Sunday: dia do Sol = Sol e day = dia.

Monday: dia da Lua = Mon (variação de Moon, Lua).

Tuesday: Toad's Day, dia do Sapo (o significado é
desconhecido, se crêe que as bruxas comprovavam a
gravidez de uma mulher colocando um sapo vivo à vista.
Se a jovem sentia náuseas a gravidez era confirmada ).

Wednesday: aqui tem um duplo sentido. Poderia ser
Wedding's Day (dia de casamento) ou Wooting's Day (Dia
de Odin, deus supremo dos vikings).

Thursday: Thor's Day, dia de Thor, o famoso deus
trovão, filho de Odin.

Friday: Frigg's Day. Frigg era esposa de Odin.

Saturday: Sabbath's Day, dia de sabá.

Nosso ano de 365 dias e 1/4 (que seria o ano bisexto
cada 4 anos) foi adaptado por um clérigo Italiano
chamado Gregorius, no séc 12. Ele teve que disfarçar
as festas pagãs de acordo com as festividades cristãs
e é por isso que algumas são muito "semelhates", com a
diferença de 2 ou 3 dias, cada uma. Por exemplo:
Ostara é a Páscoa, Yule é o Natal, etc. Porém, ele
tirou o 13 mês, já que, naquela época, as bruxas eram
consideradas portadoras do mal e da má sorte. É daí
que provém a superstição do azar do nº 13.

Entretanto, se voltamos no tempo ainda mais, nos
supreendemos ao ver que no Antigo Egito, esse número
não tinha nada a ver com má sorte ou o mal.

Como é sabido de todos, os egípcios foram praticamente
os criadores da base para a astrologia moderna. Seus
métodos de analisar o céu até hoje impressionam os
arqueólogos mais renomados.

Foi descoberto no teto do templo de Dendera um
calendário zodiacal com os 12 signos do Zodíaco
moderno (Áries, Câncer, Touro, etc) e um 13º signo
chamado Ofídius, simbolizado pela serpente. Para eles,
esse réptil era considerado símbolo da energia solar e
de poder. No Zodíaco de hoje, Ofídius foi retirado, já
que para muitos, a serpente é um animal maldito. Basta
lembrar que foi ela quem "tentou" Eva no Paraíso,
segundo as lendas judaico-cristãs.

Porém, para os egípcios, o calendário de 13 signos
significava a perfeição do céu. Era divido em 13 casas
com suas correspondências zodiacais, formando um
círculo perfeito de 360 graus, já que, este calendário
era de 360 dias, simbolizando a harmonia entre o céu e
a terra, a noite e o dia e os humanos com os deuses.

Entretanto, o mistério não pára aqui. Para essa
cultura milenar, seu país era um espelho do céu e o
Nilo equivalía à Via Láctea. De fato, como já foi
obsevado por muitos egiptólogos e investigadores, essa
idéia presidia na localização, disposição e orientação
dos edifícios sagrados.

A maioria das pessoas não sabem, mas, em um
determinado momento do ano, no verão, em uma
específica hora da noite, o Nilo, perto da Grande
Pirâmide, está perfeitamente alinhado com a Via Láctea
(e as três pirâmides com a Constelação de Órion), como
se fosse sua continuação. Quem presenciou esse
fenômeno, conta que ficou assombrado diante de tal
maravilha. Além do mais, o Nilo é o único rio do mundo
que corre de Sul à Norte (comprovado cientificamente).
Para os físicos e geólogos, isso é um total mistério,
já que todos os rios do planeta correm ao contrário,
ou seja, de Norte a Sul. Essa peculiaridade do Nilo só
poderia ter sido modificada artificialmente milênios
atrás, segundo os científicos. Por quem, por quê e
como, não se sabe. Os investigadores somente chegaram
à uma única conclusão: que se o Nilo não "funcionasse"
assim, a cultura egípicia não teria sobrevivido e
prosperado, já que dependiam de suas águas para
transporte e alimento.

Enfim, não seria possível atribuir ao "azar" o saber
que rege o calendário solar egípcio. Pouco a pouco
vamos detectando fragmentos desse legado secreto.
Porém, ainda falta completar o quebra-cabeças para
decifrar e desvelar o mistério que contêm. Uma
mensagem transmitida por uma misteriosa fonte que, por
alguma razão, sempre preferiu manter à sombra sua
atividade civilizadora ao serviço da evolução do
homem.

- por Ellora Danan

Bibliografia (vou colocar em original pq não sei se no
Brasil os livros já foram traduzidos):

The Secret Chamber, Robert Bauval, ed. Random House,
Inglaterra, 1999.

The Crystal Sun, Robert Temple, Inglaterra, 1999.

Brujería Wicca y sus Orígenes, Pedro Palau Pons, ed.
Obelisco, Barcelona, 1998.

Clau Srt

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