quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Solstícios & Equinócios

Um fenômeno natural que pode passar desapercebido, se não houver o questionamento necessário: o ângulo de 23 graus do eixo de inclinação da terra torna possível a passagem das estações do ano.

No seu movimento de translação ao redor do sol, há dois momentos no ano em que o ângulo de inclinação da terra em relação ao sol é zero, entre os meses de março/abril e setembro/outubro. Durante os os meses antecedentes e precedentes aos equinócios, nos dois hemisférios há a predominância de climas temperados representados pelas estações outono e primavera nos hemisférios opostos.

Equinócio - tem sua raíz do latim, que significa igualdade, ou seja, neste dia a duração do dia e da noite são exatamente iguais: 12 horas.
Nosso equinócio de outono acontece dia 21 de março e o de primavera no dia 21 de setembro.

Solstício -  vem do latim, significa “sol que permanece parado”. Ou seja, na sua incursão pelo céu, o sol, em dois momentos do ano durante o seu afastamento ou aproximação, “para” a sua trajetória e retorna para o caminho anterior. Um exemplo bem próximo de nós pode ser observado neste mês de junho. Temos observado o sol se afastando cada vez mais para o norte desde o mês de maio. No entanto, no dia 21 de junho haverá o nosso solstício de inverno, quando o sol chegará ao fim do seu caminho rumo ao norte, parará durante um dia, e recomeçará a se aproximar de nós. Simultaneamente ao nosso solstício de inverno estará acontecendo o solstício de verão no hemisfério norte.

O solstício de verão, no hemisfério sul, ocorre no dia 21 de dezembro. Neste dia há o maior dia do ano, assim como, no hemisfério norte este é o solstício de inverno, onde ocorre o menor dia do ano.

A mitologia do equinócio primaveril
A entrada da primavera foi celebrada desde o começo da história. Ela marca o fim do inverno quando a terra dorme e inicia o tempo de primavera quando tudo parece renascer. A primavera chega quando o sol está incidindo diretamente sobre o equador. No norte do planeta, o primeiro dia da primavera é aproximadamente 21 de março. Este é o dia do equinócio primaveril. Equinócio significa noite igual. Noite e dia têm a mesma duração, cada um durando exatamente 12 horas neste dia. Antigamente, antes da celebração da páscoa, as pessoas relacionavam a primavera com o retorno da vida a terra. O retorno da primavera nos tempos antigos tinha mais significado do que atualmente, onde ninguém mais se preocupa com o fim das reservas de provisões de comida armazenadas para o inverno e nem se preocupam tanto em se manterem quentes graças à tecnologia moderna da calefação.

Os povos antigos acreditavam que cada estação era governada por uma certa divindade. Havia uma deusa chamado Eostre, a deusa da primavera, que era adorada em áreas do norte e no centro da Europa. Acredita-se que seu nome tenha dado origem à palavra que determina a direção do nascer do sol - Leste. Nestas regiões, festivais em agradecimento a Eostre eram feitos, onde eram oferecidos a deusa bolos semelhantes a bagas de pães.

Os gregos antigos criaram uma estória para explicar a mudaça das estações. Demeter era a deusa da terra e da agricultra e Persehone, sua linda filha. Um dia a terra foi rasgada e Hades, o rei do mundo subterrâneo, sequestrou Persehphone para torná-la sua noiva. Deemeter ficou tão triste diante do desaparecimento que parou todo seu trabalho e todas as plantas da terra morreram. Ela então descobriu o quê havia acontecido a sua filha e foi a Zeus, rei dos deuses, para reclamar o seu retorno.

Persephone recusava comer qualquer coisa no mundo subterrâneo por que sabia que uma vez que comesse qualquer coisa sua alma permaneceria lá eternamente. Contudo, Hades enganou-a dizendo que se comesse sementes estaria segura e ela comeu uma. Zeus, conhecendo o quê havia sucedido, ordenou que Persephone deveria retornar a sua mãe e a cada primavera para ali permanecer durante seis meses. Os outros seis meses do ano ela passaria com Hades, assim sua mãe fica triste e nada cresce no inverno.

Algumas tribos antigas acreditavam que as coisas encontradas na natureza, tais como a água, montanhas e árvores, tinham seus próprios espíritos. Acreditavam que os festivais de maio despertavam as árvores. Os Druidas, religiosos pré-cristãos, encontrados principamente na Grã-Bretanha e França, pensavam que as árvores, e especialmente os carvalhos, eram objetos sagrados. Os druidas rezavam às árvores para obter tempo bom, chuva e fertilidade da terra.

Os Celtas da Grã-Bretanha nos tempos antigos também tinha uma celebração num dia de maio. Eles acreditavam que o deus sol havia sido aprisionado todo inverno pelos espíritos demoníacos do frio e da escuridão. Cada ano perto do primeiro dia de maio o deus escapava e trazia a luz do sol e o aquecimento de volta a terra. Para ajudar a fuga do sol, os celtas acendiam fogueiras gigantescas nas montanhas mais altas das suas vilas. Eles faziam isso para espantar os demônios para longe e forçá-los a libertarem o sol. Em muitos lugares atualmente, tradições tais como as grandes fogueiras e candelebros ardentes fazem parte do folclore da primavera.

A primavera é a estação da renovação, quando as flores explodem, quando todas as plantas se tornam verdes e crescem e as pessoas sentem uma energia renovadora em si mesmas. Começam a vestir roupas mais coloridas para combinar com o ambiente. Porém o quê verdadeiramente é responsável por tais mudanças? No inverno, um influxo de energia de Cristo começa a brotar do centro da terra com o propósito de recarregar a terra para a nova estação. Na primavera esta energia vem a superfície do planeta ocasinando imensas mudanças, simultaneamente visíveis e invisíveis ao olho.

A primavera acontece em dois níveis. Fisicamente as pessoas se descartam de coisas que julgam não serem mais úteis. Espiritualmente, descarregam energias, idéias e representações das suas auras. A mudança de estação proporciona-nos oportunidade de refletir e também fazer mudanças. Lembras das suas resoluções de ano novo?
Entendendo os ciclos planetários, você pode tornar a sua vida mais fácil, assim como o fazendeiro conhece os momentos propícios da semeadura e da colheita. Há mais luminosidade e calor na primavera do que no inverno, não obstante a energia de Cristo ou a “Luz do Filho” está sempre brilhando. O tempo de primavera é uma oportunidade de ouro dada pelo Supremo Ser para que possamos reconhecê-lo por nós mesmos.

Fonte referencial: Copyright © 1996. Sterling Rose Press, Inc. Sterling Rose Press, Inc., P. O. Box 14341, Berkeley, CA 94712. USA.
A mitologia do equinócio primaveril do original em inglês de Robin DuMolin

palavras-chave: eixo da terra, grau de inclinação, equilíbrio geotérmico, solstício, equinócio, mitologia
Clau Srt

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