Um fenômeno natural que pode passar desapercebido, se não houver o
questionamento necessário: o ângulo de 23 graus do eixo de inclinação da
terra torna possível a passagem das estações do ano.
No seu
movimento de translação ao redor do sol, há dois momentos no ano em que o
ângulo de inclinação da terra em relação ao sol é zero, entre os meses
de março/abril e setembro/outubro. Durante os os meses antecedentes e
precedentes aos equinócios, nos dois hemisférios há a predominância de
climas temperados representados pelas estações outono e primavera nos
hemisférios opostos.
Equinócio - tem sua raíz do latim, que
significa igualdade, ou seja, neste dia a duração do dia e da noite são
exatamente iguais: 12 horas.
Nosso equinócio de outono acontece dia 21 de março e o de primavera no dia 21 de setembro.
Solstício
- vem do latim, significa “sol que permanece parado”. Ou seja, na sua
incursão pelo céu, o sol, em dois momentos do ano durante o seu
afastamento ou aproximação, “para” a sua trajetória e retorna para o
caminho anterior. Um exemplo bem próximo de nós pode ser observado neste
mês de junho. Temos observado o sol se afastando cada vez mais para o
norte desde o mês de maio. No entanto, no dia 21 de junho haverá o nosso
solstício de inverno, quando o sol chegará ao fim do seu caminho rumo
ao norte, parará durante um dia, e recomeçará a se aproximar de nós.
Simultaneamente ao nosso solstício de inverno estará acontecendo o
solstício de verão no hemisfério norte.
O solstício de verão, no
hemisfério sul, ocorre no dia 21 de dezembro. Neste dia há o maior dia
do ano, assim como, no hemisfério norte este é o solstício de inverno,
onde ocorre o menor dia do ano.
A mitologia do equinócio primaveril
A
entrada da primavera foi celebrada desde o começo da história. Ela
marca o fim do inverno quando a terra dorme e inicia o tempo de
primavera quando tudo parece renascer. A primavera chega quando o sol
está incidindo diretamente sobre o equador. No norte do planeta, o
primeiro dia da primavera é aproximadamente 21 de março. Este é o dia do
equinócio primaveril. Equinócio significa noite igual. Noite e dia têm a
mesma duração, cada um durando exatamente 12 horas neste dia.
Antigamente, antes da celebração da páscoa, as pessoas relacionavam a
primavera com o retorno da vida a terra. O retorno da primavera nos
tempos antigos tinha mais significado do que atualmente, onde ninguém
mais se preocupa com o fim das reservas de provisões de comida
armazenadas para o inverno e nem se preocupam tanto em se manterem
quentes graças à tecnologia moderna da calefação.
Os povos
antigos acreditavam que cada estação era governada por uma certa
divindade. Havia uma deusa chamado Eostre, a deusa da primavera, que era
adorada em áreas do norte e no centro da Europa. Acredita-se que seu
nome tenha dado origem à palavra que determina a direção do nascer do
sol - Leste. Nestas regiões, festivais em agradecimento a Eostre eram
feitos, onde eram oferecidos a deusa bolos semelhantes a bagas de pães.
Os
gregos antigos criaram uma estória para explicar a mudaça das estações.
Demeter era a deusa da terra e da agricultra e Persehone, sua linda
filha. Um dia a terra foi rasgada e Hades, o rei do mundo subterrâneo,
sequestrou Persehphone para torná-la sua noiva. Deemeter ficou tão
triste diante do desaparecimento que parou todo seu trabalho e todas as
plantas da terra morreram. Ela então descobriu o quê havia acontecido a
sua filha e foi a Zeus, rei dos deuses, para reclamar o seu retorno.
Persephone
recusava comer qualquer coisa no mundo subterrâneo por que sabia que
uma vez que comesse qualquer coisa sua alma permaneceria lá eternamente.
Contudo, Hades enganou-a dizendo que se comesse sementes estaria segura
e ela comeu uma. Zeus, conhecendo o quê havia sucedido, ordenou que
Persephone deveria retornar a sua mãe e a cada primavera para ali
permanecer durante seis meses. Os outros seis meses do ano ela passaria
com Hades, assim sua mãe fica triste e nada cresce no inverno.
Algumas
tribos antigas acreditavam que as coisas encontradas na natureza, tais
como a água, montanhas e árvores, tinham seus próprios espíritos.
Acreditavam que os festivais de maio despertavam as árvores. Os Druidas,
religiosos pré-cristãos, encontrados principamente na Grã-Bretanha e
França, pensavam que as árvores, e especialmente os carvalhos, eram
objetos sagrados. Os druidas rezavam às árvores para obter tempo bom,
chuva e fertilidade da terra.
Os Celtas da Grã-Bretanha nos
tempos antigos também tinha uma celebração num dia de maio. Eles
acreditavam que o deus sol havia sido aprisionado todo inverno pelos
espíritos demoníacos do frio e da escuridão. Cada ano perto do primeiro
dia de maio o deus escapava e trazia a luz do sol e o aquecimento de
volta a terra. Para ajudar a fuga do sol, os celtas acendiam fogueiras
gigantescas nas montanhas mais altas das suas vilas. Eles faziam isso
para espantar os demônios para longe e forçá-los a libertarem o sol. Em
muitos lugares atualmente, tradições tais como as grandes fogueiras e
candelebros ardentes fazem parte do folclore da primavera.
A
primavera é a estação da renovação, quando as flores explodem, quando
todas as plantas se tornam verdes e crescem e as pessoas sentem uma
energia renovadora em si mesmas. Começam a vestir roupas mais coloridas
para combinar com o ambiente. Porém o quê verdadeiramente é responsável
por tais mudanças? No inverno, um influxo de energia de Cristo começa a
brotar do centro da terra com o propósito de recarregar a terra para a
nova estação. Na primavera esta energia vem a superfície do planeta
ocasinando imensas mudanças, simultaneamente visíveis e invisíveis ao
olho.
A primavera acontece em dois níveis. Fisicamente as pessoas
se descartam de coisas que julgam não serem mais úteis.
Espiritualmente, descarregam energias, idéias e representações das suas
auras. A mudança de estação proporciona-nos oportunidade de refletir e
também fazer mudanças. Lembras das suas resoluções de ano novo?
Entendendo
os ciclos planetários, você pode tornar a sua vida mais fácil, assim
como o fazendeiro conhece os momentos propícios da semeadura e da
colheita. Há mais luminosidade e calor na primavera do que no inverno,
não obstante a energia de Cristo ou a “Luz do Filho” está sempre
brilhando. O tempo de primavera é uma oportunidade de ouro dada pelo
Supremo Ser para que possamos reconhecê-lo por nós mesmos.
Fonte
referencial: Copyright © 1996. Sterling Rose Press, Inc. Sterling Rose
Press, Inc., P. O. Box 14341, Berkeley, CA 94712. USA.
A mitologia do equinócio primaveril do original em inglês de Robin DuMolin
palavras-chave: eixo da terra, grau de inclinação, equilíbrio geotérmico, solstício, equinócio, mitologia
Clau Srt
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